quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Dilema

"Que vida ingrata essa em que vivemos.
Só conseguimos amar quem não nos ama.
Vida, que em vez de mar de rosas, é lama.
Temos o que podemos, e não o que queremos.

Brindamos a dor, festejamos a nossa morte.
Cheiramos a nossa alegria mal cultivada.
Injetamos ampolas de uma vida amaldiçoada.
Se esconde numa névoa de fumaça, a nossa sorte.

Tentamos achar um verdadeiro sentido para a vida.
Tentamos esconder todas as nossas dores.
Forçadamente, ufanizamos todos os nossos amores.
Forçadamente, esquecemos atitudes mal cometidas.

A solidão a nos perseguir, melhor seria não nascer,
do que ter que viver nesse terrível dilema.
[Moral da história, e de todo o poema:
nascemos sem pedir, morremos sem querer.]"

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